A menina que salvou os peixes
meu primeiro livro foi publicado pela Editora Patuá! (!!!!!!!!!)
Sábado, 10 de agosto, foi o dia do meu aniversário de 26 anos. As comemorações daquele fim de semana se iniciaram na noite anterior, no apartamento da minha irmã e cunhada, onde reuni meus irmãos e amigos mais próximos para um parabéns à meia-noite com cheesecake e champanhe. E a sexta de muita chuva e frio na cidade não abalou nem um pouquinho a minha personalidade solar e amante de aniversários: enchemos balões, compramos flores e esperamos a noite chegar pra começar a festa.
Faltando menos três horas para o horário marcado, de maquiagem feita, peguei o celular pra avisar a Giu que tinha vaga pra estacionar e vi que tinha uma notificação do e-mail. Depois de encarar a tela sem ativamente ler o que estava escrito, eu perdi o ar: era o e-mail da Editora Patuá contando que o meu livro, A menina que salvou os peixes, seria publicado.
Desde aquela noite, minha vida mudou completamente. Lembro que, no meu discurso de parabéns na festa do dia seguinte, olhando todos os rostinhos das pessoas que me amam e torcem por mim, comentei que ser escritora sempre foi o meu sonho imutável, aquele do tipo que a gente veio ao mundo pra sonhar mesmo, que nasceu com a gente. E mais tarde, no carro de volta pra casa com as sobras do bolo de café e os presentes no porta-malas, eu pensei que ninguém nunca contou a história sobre o que se faz depois que o sonho se torna a vida que se vive. Foi somente nas semanas seguintes que fui descobrindo um pouquinho de como se faz: é com um tico de contrato e burocracia; com a melhor amiga que tira um domingo pra fazer as fotos do seu livro; com paletas de cores e imagens de referência pro projeto gráfico; com um editor atenciosíssimo que também é seu conterrâneo; com a família que se anima quando você pede opinião sobre as fotos; com noites viradas revisando o livro pela milésima vez; com o amigo que se emociona quando vê seu nome na primeira versão da capa. Então, aqui, se eu te conto um pouquinho dessa história não contada, também aviso: não tem muito como se preparar — e isso é uma coisa boa. É mágico.
Foi mágico entender como tudo, cada microdetalhe aconteceu até aquele momento da notícia. E não existe outra palavra a não ser mágico, exceto talvez divino ou sagrado. Foi sagrado que, naquela noite, eu tinha reunido sem querer apenas as pessoas que receberam a primeira versão do livro. Foi divino o timing de dias e horas exatas para que esse fosse o melhor presente de aniversário possível, bem a tempo de dividir essa realização imensa com algumas das pessoas mais importantes pra mim. E foi extremamente mágico que, bem ali, eu ganhei toda uma nova vida a ser vivida.






E depois de quase dois meses, é com uma alegria imensa que eu compartilho a carinha azul-colorida d’A menina que salvou os peixes:

Eu sempre acreditei que todo livro é uma porta para um novo mundo, mas nunca pensei que se poderia viver esse mundo com pés no chão e mãos estendidas — mãos de tocar as folhas do papel para, então, ser quem realmente somos — sou.
Sinopse
A menina que salvou os peixes traz uma coletânea de histórias com alma de verão, em que a estação se traduz em personagens, sentimentos, imagens e cores. Em constante diálogo com os cenários e seus elementos, a autora conduz o leitor pela exploração de personalidades vivendo diferentes momentos psicológicos, como a extensão do olhar de uma criança, questionamentos acerca da fé e expansão humana, a mutabilidade e permanência do amor, e o relacionamento do homem com a cidade, os objetos, a natureza e, principalmente, com si próprio e o seu semelhante.
A menina que salvou os peixes é o livro de contos que escrevi no último verão. Mas, mesmo que ele estivesse se tornando um livro naquele momento, foi durante o processo de escrevê-lo que percebi que os personagens e histórias de cada um deles, na verdade, tinham me habitado durante um ano inteiro antes disso. E foi só no processo de publicação das últimas semanas que descobri todos eles unidos por uma única linha: a busca por algum tipo de salvação.
Talvez seja esse o poder maior das palavras: elas se reinventam em significados o tempo todo. E mesmo eu, que escrevi, ordenei e curei cada uma delas; e mesmo eu, que nem sempre soube exatamente de onde elas vieram — e mesmo eu: ainda estou redescobrindo e me surpreendendo com cada novo significado que me atravessa toda vez que retorno a ele.


FLIP 2024
E como se apenas publicar o livro não fosse surreal o suficiente, o lançamento dele vai acontecer na FLIP 2024, em Paraty/RJ! Estarei junto da Editora Patuá e outros escritores incríveis lá na Casa Gueto, espaço em que algumas editoras independentes se reúnem para celebrar os vários trabalhos sensacionais dos seus autores e, nesse ano, também homenagear a vida e obra da poeta paulista Eunice Arruda.
Enquanto escrevo isso, estou a uma semana do pré-lançamento e sessão de autógrafos do meu livro, que já tem data pra acontecer:
sexta-feira, dia 11 de outubro de 2024, às 16h, lá na Casa Gueto
Endereço: Rua Benedito Telmo Coupê, n° 277 (antiga Rua Fresca), no Centro Histórico de Paraty/RJ.
Se você for participar da FLIP, dá uma passadinha por lá, eu vou ficar TÃO feliz! 💙 E pra quem não for, vou compartilhar tudo lá no Instagram do @lexicoazul — e também prometo que volto aqui depois pra contar como foi!
Por fim, dou boas vindas a vocês, habitantes desse novo mundo de peixe em aquário: um mundo que partiu de mim, mas que é inteiro de vocês; que é do mundo que é mundo-de-terra-e-água. Acima de tudo, desejo que as minhas palavras te encontrem com leveza e que, pelo menos em alguma extensão ou alguma cor ou alguma risada, te dobrem de tamanho.
A menina que salvou os peixes está à venda no site da Editora Patuá e também na Amazon. E se você já leu, deixa uma avaliação lá, por favor? 🥲💙🐟
Muito obrigada pelo seu tempo e gentileza em dividir tudo isso comigo 💙